domingo, 4 de maio de 2008

Desabafo

(Bem, essa é mesmo a última. Por enquanto.)

Entre uma arapuca e outra,
gemo cansaço.
Nojo de caras e bocas
e dedos com digitais sujas de
vaidade
presunção
arrogância
Quanta raiva, não?
E isso só de uma reunião
de pouco mais de uma hora
A armadilha lá, na sala pequena
Os arrotos de sabedoria lá, na mesa redonda
E eu depois aqui, sozinha, seguindo a trilha
da desilusão, da revolta muda e do cansaço
imanifesto
(aquele que racha os ossos sem fazer barulho do lado de fora,
enquanto do lado de dentro ecoam, monocórdias, as três
palavrinhas mágicas: puta que pariu).

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