domingo, 6 de maio de 2012


Te espero. Faço isso há bem mais de nove meses, na verdade. Te espero, acho, desde sempre. E agora que você está a caminho fica até difícil de acreditar. Quase impossível aceitar a idéia de que essa barriga baixa, pesando no ventre como se fosse cair ali na esquina, vire você daqui a pouco. Que logo, logo verei seus olhinhos, sua boca, seu cocuruto. Vou querer cheirar a sua cabeça, beijar os seus pezinhos e chorar. É muito pra você? Pra mim também. Mas um dia você vai entender, porque também vai chegar lá se quiser. Também um dia vai poder olhar para a sua barriga e pensar: meu deus.
Te amo, filha. Venha em paz.