quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Tim-tim!


Acho importante ensinar boas maneiras. Comer de boca fechada, manejar bem os talheres, juntá-los depois no prato antes de limpar a boca e tirar delicadamente o guardanapo do colo. O problema é que ensinar isso a uma criança de três anos é difícil, porque pode ser difícil ensinar qualquer coisa a uma criança por mais de dez minutos. Ou segundos. Então a gente se diverte. Faz piquenique para servir os bonecos com maestria, colocando toalha bordada e um pratinho para cada um com uvas, bananas e morangos, ensina todo mundo a usar o guardanapo, convida o amigo do amigo e, pra comemorar a produção toda, faz tim-tim com os copos. Tim-tim!

Fazer tim-tim agradou muito. O pessoal todo, da Jessie à Cinderela, do Buzz ao Mickey, achou essa coisa de tim-tim muito divertida. Começamos a fazer tim-tim também de picolé, de maçãs, de milho cozido, de revistinha, de chave, de computador, de... língua. Ah, sim, é difícil ensinar que dar língua, o que é muito engraçado, deve ser feito só de mentirinha, em casa, com os pais. Por que? Ah, porque o moço da rua pode não gostar. Por que? Porque ele não acha engraçado como a gente acha. Por que? Porque ele não te conhece, não é seu amigo. Por que? Porque ele é estranho, e por isso você não dever dar trela pra ele. Por que? Porque... cadê o tim-tim? Vamos fazer um tim-tim?
Nesse Carnaval, dei vários tim-tins de língua. Foi a maior esbórnia.