sexta-feira, 23 de dezembro de 2011



23 cromossomos da mamãe, 23 do papai. Alice a caminho :-)
Um Natal cheio de vida a todos!!!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pesadelo aborrecente

Foi numa quinta-feira. Não que fizesse diferença. Ir ao supermercado é um suplício a qualquer dia da semana. No final de semana nem sei como é, porque prefiro passar fome ou ficar sem cotonetes. Mas naquela quinta-feira tudo mudou. Agora, além de detestar ir ao supermercado por motivos óbvios, também tenho motivos reais para evitá-los. Sofri bullying de duas adolescentes em pleno Mundial.

Tudo começou com um corredor apertado e dois carrinhos. Um deles era o meu. O outro era das duas meliantes menores de idade, que o lotaram com pacotes de fralda por pura diversão. Esperei para que elas liberassem a passagem, o que elas fizeram sem chantagens. O problema foi que não ouviram o meu agradecimento. “Diga obrigada!”, disse uma das pivetinhas louras. “Mas eu disse”, respondi, já distraída, seguindo o meu caminho.

Eu ainda não sabia, mas falara a senha mágica que iniciaria uma longa perseguição pelas gôndolas. Durante quarenta minutos, as diabas me seguiram por todos os corredores, se escondendo em seguida para gritarem “Mas eu disse obrigadaa!”, e, quando eu largava o carrinho por um segundo, tratavam de jogar nele objetos os mais variados: tive que deixar em prateleiras erradas um biscoito japonês, uma espécie de volante de plástico que até hoje não sei pra que serve, uma lata de leite em pó e, por último, um quilo de farinha.

Na hora desse último ataque, avistei a mãe da criaturinhas demoníacas, que já passava suas compras no caixa. Peguei o quilo de farinha e fui até ela, sendo precedida pelas loucas mirins aos gritinhos. “Oi, é que elas colocaram várias coisas no meu carrinho, vim devolver uma delas”, disse, tentando ser educada o suficiente para não mandar aquela mãe colocar aqueles seres malignos de castigo até as Olimpíadas. “Ah, desculpe”, ela disse, como quem pede desculpas por um leve esbarrão. Voltei devagar para as minhas compras, tentando escutar alguma bronca em direção às gremlins, mas nada. Só o que eu ouvia eram os arremedos histéricos de antes, agora em decibéis mais altos e com direito a imitações da minha fala, daquelas bem irritantes e esticadas: “Eu vim devolver-êr!”

No final das compras, confesso, já estava com medo das aborrecentes e corri para que não nos encontrássemos na garagem. Temia ser perseguida e já antevia os pesadelos da noite. “Diga obrigada, diga obriga-daa!”, ecoava na minha cabeça, na voz estridente das assombrações precoces.

E eu esperando uma menina. Pega leve, Alice.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

De entrevistadora a entrevistada

Matéria Agexcom Unisinos