domingo, 19 de abril de 2009

Top Secret

Os meus cinco leitores andam indóceis. Querem saber, afinal, quais são os meus novos projetos. Pensei então em contar hoje, que estou com um tempinho livre antes de sair para mais uma entrevista. Seria legal é claro falar sobre eles, que são de fato interessantes, não fosse por um pequeno grande detalhe. Esses projetos interessantes são também...confidenciais! E agora, José?
O que faço eu, crianças? Fecho o botequim, coloco as cadeiras pra cima e acabo com esse blog, amarrando os meus dedos com esparadrapo todas as manhãs? Mas e os meus cinco fiéis leitores?
Mandem sugestões. Podemos inventar alguns códigos, podemos não inventar nada e mudar o nome dos personagens principais, podemos contratar um advogado, ou podemos continuar a encher lingüiça aqui até que os livros estejam prontos e possam ser divulgados. Não, isso nem vocês cinco agüentariam. Seria uma overdose de Índia, de yoga, de filosofias baratas, de poesias suspeitas.
Também poderíamos contar meias histórias. Posso contar, por exemplo, que um dos livros é uma biografia de um militar que, descrente da instituição, decidiu contar seus bastidores antes de mudar de vida (e de país, espero).
E dá para dizer que o outro livro é de uma pessoa importante no meio da moda. Um gentleman de Ipanema. Não posso contar o conteúdo das entrevistas, mas posso contar do cenário em que elas se dão. É num apartamento lindo, enorme, de andar inteiro e de olho no mar, daqueles que dão matérias memoráveis da Casa Vogue ou Casa Claúdia. Na minha primeira visita ao apartamento, fui recebida por um mordomo, que me ofereceu água e me mostrou um bowl recheado de balinhas e chocolates. Entrevista encerrada, ele foi orientado a me acompanhar até a portaria e pedir um táxi. “De cooperativa, não pega qualquer um, não”, disse o entrevistado gentleman.
Eu não estava de carro, é verdade, mas não ia voltar pra casa de táxi. E o motivo devia ser o mesmo pelo qual não tenho um mordomo. Mas quando um mordomo eficiente recebe a ordem de te colocar num táxi, você não tem qualquer alternativa. Então fui de Ipanema até o Leblon de táxi, parei para tomar um café, tirei o sapato de cristal e rumei para o ponto de ônibus do metrô que me levaria até o faroeste.
Isso é ser uma escritora freelancer.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Carlinha,pode ficar enchendo linguiça mesmo,pode nos deixar sem unhas de tanto roer de curiosidade,mas não deixe de escrever no teu blog,pois sou daquelas pessoas que não respondem quase nunca mas não deixo de dar sempre uma espiada.E independente do assunto ele é sempre interessante,divertido e atual.E que venham mais e mais trabalhos...
Bjus Andrea

Anônimo disse...

Carla,

Concordo com a Andrea...
Tudo que você escreve é muito bom de se ler!
E todo dia tenho um dilema, vou primeiro ler meus e-mails ou ver a Casa do Moinho?
Bjs Celia

Valéria Martins disse...

Eu sou uma das cinco? Se não for, pode contar seis... Bjs!

Betty disse...

Carla,
Depois de almoçar hoje com a Célia e ouvir sobre o novo projeto vim correndo ler e... acho que ficarei "addicted" ao Casa do Moinho!
Beijos
Betty