segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rio 40 graus

Está tão quente que meus miolos derreteram. Deve ser por isso que ando meio esquecida de várias coisas, entre elas o que vem a ser ter um blog. Os meus neurônios gratinados também já não têm a menor idéia do que é escrever um post e deixam escapar uma leve baba do lado direito enquanto se esforçam para entender a coisa toda – sabem lá eles que coisa toda essa seria.

A única coisa (o vocabulário também anda escasso, então repitamos as palavras até que elas se embalem sozinhas como coisas de verdade, ah, as coisas de verdade) que eles sabem, entre um sorvete de manga e outro, é que precisam entregar um livro até abril para poderem começar outro. Mas eles também sabem, ou ao menos desconfiam, que o ar-condicionado do quarto pifou. Tudo bem que, ligando-se o do escritório ao lado no máximo, corre um arzinho gelado até o quarto, o que, se não segura totalmente a onda, evita que as solas dos pés sofram queimaduras ao pisarem no chão desprevenidas.

A turma da massinha quente suspeita ainda que mandar um projeto mui pessoal para a avaliação de um crítico é uma roubada imensa. A cada dia que passa a chaleira fica mais perigosa em suas ebulições. Pensa logo que nunca terá resposta ou que, se ela demora tanto, a resposta, é porque boa coisa não será.

Como se vê, o calor faz muito mal para a caixola, mesmo quando ela olha tudo de cabeça pra baixo na semi invertida iogue matinal. Amanhã vou tentar enfiá-la num baldo de gelo antes de respirar fundo, gritar há! e sair atrás de uma boa alma disponível para consertar ares-condicionados que sempre, ouçam bem, sem-pre nos deixarão na mão quando mais precisarmos. Há várias batalhas em que a máquina vence o homem. Espero que essa não seja uma delas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem que ter pelo menos 2 aparelhos iguais , claro que em lugares diferentes ( sou louca mas nem tanto), qdo um pifa coloca o outro no lugar. Sei que vc já sabia disso, óbvio Bj