domingo, 13 de julho de 2008

Eu não resisto

Vocês (não) pediram, então aí está:

Rasgos de noite
Pendurados na bolsa
Ficou sobre a mesa
No fundinho do copo
Na luz aguada com bolhas
A dúvida transparente de antes
O estalo ensurdecedor
Do gole que desce
Mas não molha
Jamais haverá
Água
Para tanta sede
No fundinho do copo
Estará sempre
A dúvida encarnada de antes
Bolhas de noite aguada
No copo balouçante

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei!
Primcipalmente depois que descobri (ou descobriram para mim) tudo por trás das palavras.

Temístocles

Anônimo disse...

Adorei, mas agora quero saber o que está por trás das palavras...
Celia