Uma amiga minha, Rosana Ferrão, é publicitária e escritora e tem um blog em http://bloglog.globo.com/rosanaferrao. Recentemente, escreveu o post Vistoria do Detran in Rio: Eu fui! Enquanto eu lia o texto, às gargalhadas, fiquei sabendo que seu carro andava sofrendo de ataques súbitos de formigas assassinas. Eram centenas delas que, mesmo depois de dedetizações e despachos, resolveram aparecer em plena vistoria do Detran, numa espécie de arrastão selvagem. Foi só o inspetor levantar um pedaço do carpete para anotar o chassi que elas apareceram, furiosas. Se o carro da minha amiga passou na vistoria? Sim, passou. Parece que o inspetor ficou com pena.
Bem, meninos, eu não passei. Quer dizer, eu nem cheguei a fazer a prova. Sorry, Rosana, mas a minha história é mais dramática! Pra começo de conversa, precisei subir a serra para passar pela vistoria. É que o meu carro, assim como eu, nasceu em Petrópolis, e os documentos são todos de lá. Como o Detran está muito preocupado em agilizar as coisas, agora não é mais permitido fazer a vistoria em qualquer cidade ou município diferente daquele que aparece no raio do Renavam. Por que facilitar, se eles podem infernizar a sua vida?
Depois de três horas de viagem graças a um trânsito de sexta-feira em toda a cidade e outro trânsito causado por um engavetamento na Linha Vermelha, cheguei no tal posto da vistoria. Quer dizer, cheguei na fila para o tal posto. Cheguei no começo da rua onde ficava o tal posto, no alto de uma colina. Eu estava no pé do morro, atrás de mais ou menos vinte carros. Foi aí que o meu sangue germânico começou a esquentar. Comecei a lembrar de todas as vezes em que eu havia ligado para o Detran para tentar marcar a vistoria e ouvia sempre, como um recado eletrônico: “Não temos vagas para esse posto agora, liga mais tarde”. Como assim? Isso é um agendamento ou um teste psíquico? Mais de dez tentativas depois, desisti e contratei um despachante. Milagrosamente, no dia seguinte eu tinha um dia e um horário marcados. Competentes, eles, não? O que não me disseram é que, em média, são oito carros agendados a cada quinze minutos. Me diz, então, por que marcar horário? Era mais fácil eles desejarem boa sorte e mandarem rezar um pai nosso.
Motor desligado naquela fila que não andava há mais de meia hora, era nisso que eu pensava quando passei a mão no meu celular. Comecei a soltar os cachorros com a despachante que, no meu limitado entendimento de mundo, deveria ser uma pessoa que facilitasse a minha vida, e não o contrário. Enquanto eu reclamava os meus direitos, a fila deu sinal de que daria alguns passinhos à frente. Tentei ligar o carro, e nada. Nadinha. Em plena discussão telefônica, enquanto a mulher me falava para eu ter calma (o que, é claro, me deixava ainda mais irritada), o carro morreu. Pifou mesmo, largou mão, jogou a toalha, desistiu da vida. E o que é pior, parou a fila. Bom, perdi completamente a moral. “Vem cá, dá para chamar alguém para me ajudar porque o carro não quer mais ligar?”, eu falei bem cândida para a minha querida despachante. Enquanto eu fazia sinal para os outros carros passarem na minha frente, o mecânico chamado às pressas na esquina coçava a cabeça. Não teve jeito. Esperei pelo reboque por quase uma hora num frio de rachar, mas só conseguia pensar numa coisa: perdi a vistoria!!! Gente, vou ter que fazer tudo de novo! Agora me diz, Rosana, essa história bate ou não bate a sua?
domingo, 6 de julho de 2008
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2 comentários:
Bate! Nossa, bate muito!! Já pegou seu dinheiro de volta da despachante?
bjs
Obrigada pelo link! Vou retribuir na primeira oportunidade...
Carla, já marcou nova vistoria?
Liga pro despachante e manda ele fazer, ora bolas! Ele que se vire enquanto você toma um cafézinho na esquena...
Celia
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