quinta-feira, 31 de julho de 2014

A poesia, na verdade, é bruta. Está nos fatos e machuca. Está na farpa e na harpa, no vinho e no leite ninho, sozinho. Na lata mesmo tem poesia em pó. Dissolvida em água, escorrega para o estômago e fermenta em prosa. Na bancada toda da cozinha tem poesia. Ali mesmo, perto da carne crua e das facas. No sal e na pimenta. Em tudo, tudo mesmo. A poesia é mais onipresente do que Deus. Aliás, se Deus existe, é porque foi escrito por ela.
O problema, já lembrava Nietzsche, é que nos tornamos péssimos poetas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tentei mas não consegui passar para o Facebook! Por favor !!!!! Bjs Célia