sexta-feira, 2 de julho de 2010
Aguenta que ainda é penta
É só um jogo, diz o Galvão. Mas o que fazer se, ao ouvir isso, temos vontade de mandá-lo definitivamente calar a boca?
Confesso que chorei vendo o mea culpa exagerado de Julio Cesar. Não merecia. Nem ele nem eu. Nem vocês e, vou dizer, acho que nem o Dunga.
Parece que o sangue quente, o "pobrema de nervo", é coisa de sul-americano, insinuaram perigosamente os alemães. Os holandeses, claramente, trabalharam em cima dessa tática, cavando faltas ridículas e fazendo cara de nada depois. Vai ver é isso mesmo. Assistir ao Robinho dando bronca no branquelo fingido deu até um pouco de pena. Era a ingenuidade em campo, quase a imagem imaculada do bom selvagem. E logo no lado dos brasileiros, os malandros, os espertos, os Gersons.
Será que estamos perdendo o nosso jeitinho, gente? Será um efeito da globalização? Do aquecimento global? Do Lula? Da Dilma?
Sabe-se lá. Mas não vou criticar a seleção não. Achei que jogaram (e choraram) o que podiam. Que venha 2014. Até lá o meu interesse por futebol, é claro, como há de ser entre a maioria da mulherada, estará hibernando em lençóis limpinhos.
Retornarei revigorada como nunca. Aguardem.
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